sábado, 3 de dezembro de 2011

RESTAURO, REFORMA E AMPLIAÇÃO DO CENTRO DE TURISMO DE NATAL


Centro de Turismo de Natal será ampliado

A expectativa é que o Centro de Turismo de Natal possa ser reconhecido como o melhor do Nordeste.

Por Gerlane Lima, com informações da Assecom
Tamanho do texto: A  


Reprodução
Recursos já estão garantidos pelo Prodetur Nacional.
O Centro de Turismo de Natal, grande ponto de visitação para compra do artesanato potiguar tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural, será totalmente reformado e ampliado. 

Os recursos já estão garantidos pelo Prodetur Nacional. O Governo do Estado, através de um convênio firmado pela Setur e o Ministério do Turismo, já contrataram a empresa que iniciou o desenvolvimento do projeto de arquitetura, urbanização e engenharia.

De acordo com a subsecretária de Turismo do RN, Sanzia Cavalcanti, o projeto de reforma e ampliação do Centro de Turismo de Natal está sendo desenvolvido pela GAU - Guimarães Arquitetura e Urbanismo e deve ser apresentado no início de 2012. "O projeto arquitetônico é do escritório Haroldo Maranhão Arquitetura e teve a participação da Associação dos Empreendedores do Centro de Turismo", afirma.

O espaço ficará mais amplo e ganhará realces para as suas belezas arquitetônicas. O projeto atende as exigências de acessibilidade exigidas hoje. Além disso, contempla um novo estacionamento e terraços com vista para o mar. Um espaço para o Museu do Artesanato (que ainda não existe em Natal) e outro para apresentações de grupos folclóricos também constam na nova planta.

A expectativa é que o Centro de Turismo de Natal possa ser reconhecido como o melhor do Nordeste. "Com a reforma, teremos esta possibilidade sim. Nosso espaço é único nesta região, pois une comércio, turismo, história e arte. Com as mudanças que serão realizadas no ali, estaremos dando a este importante ponto turístico potiguar a cara e os cuidados que ele merece", explicou Sanzia.

SOBRE O CENTRO DE TURISMO
 - O Centro do Turismo de Natal é um espaço que comercializa em 38 lojas o artesanato potiguar e lembranças da capital do Sol, além de abrigar no seu interior uma galeria de arte, restaurantes e lanchonetes. O prédio do final do Século XIX, no estilo neoclássico, já abrigou no passado uma prisão. Há 30 anos foi todo recuperado e se transformou no Centro de Turismo de Natal. É localizado no alto de uma duna no bairro de Petrópolis, de onde se tem uma bela vista do mar e do rio Potengi. Nas noites de quinta-feira, o espaço abre suas portas para o famoso Forró com Turista, uma festa tradicional com forró e dança junina, atrativos da cultura potiguar.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Arquitetura e Cultura no RN.



No início foram os abrigos feitos de madeira retirada das matas pelo gentio, depois o barro socado, a uma trama de madeira e cipós. Era a taipa de sopapo trazida pelos colonizadores Portugueses que ergueram também a Fortaleza dos Reis Magos, a primeira manifestação arquitetônica do desejo e gênio humano nesta nação Potiguar, expressa através de um desenho que antevia o artefato arquitetônico a ser construído depois em pedra e cal.  
Assim, a partir do meio geográfico retiraram-se os materiais, fez-se o saber fazer através das técnicas de utilização e extração dos materiais disponíveis e produziram-se os artefatos que constituem parte do nosso Patrimônio Cultural.
Depois vieram as primeiras casas de morar que procuravam consolidar a posse Portuguesa do território através da construção desta Cidade Natal e a ocupação do sertão com as casas de fazenda que davam sustentação à criação do gado e os engenhos de cana de açúcar no agreste. Surgem as vilas e cidades que dão suporte econômico e administrativo a então colônia Portuguesa e erguem-se os edifícios de morar (casas), orar (igrejas), comprar (mercados), governar (casas de câmara e cadeia) e até de morrer (cemitérios).
Tempos depois a Cidade é moderna, a luz elétrica não vem mais com a lua cheia como dizia o poeta Jorge Fernandes, mas com a eletricidade de Paulo Afonso. A era da máquina estendeu as cidades até aonde o olhar não alcança, lançando a fumaça dos motores ao céu. A ponte já era de Igapó e o trem juntava o sertão ao porto na Ribeira, ao mar no Potengi, ao mundo.
A Arquitetura fez-se de concreto, vidro e aço. Da Rampa no Potengi ao Trampolim da Vitória lançava-se foguetes de uma Barreira do Inferno Parnamirim, era a casa de foguetes (Base Aeroespacial). E teve até pilares de uma ponte imaginaria.
Ruas, praças e edifícios, espaços do humano, paisagem urbana que fascina os poetas, signos do viver. Varandas esquecidas nesta esquina do continente, onde o olhar não mais trespassa a ombreira das janelas, morrendo vesgo na solidão guardiã de uma guarita de condomínio. Arquiteturas construídas entre muros, paredes e esquinas de ângulos que se abrem e até se fecham em praças e jardins, revelando cheiros, memórias, tipos e costumes humanos sob o sol, sobre as pedras e dunas, aos ventos de mar e sal deste Rio Grande.
.
Haroldo Maranhão – Arquiteto e Urbanista.

Liceu das Artes.